sábado, 7 de dezembro de 2013

Tubarões: ótimos caçadores



     Ataques de tubarões podem parecer cruéis mas,  é importante salientar que eles não são criaturas assassinas. Os tubarões, como qualquer outro animal, seguem seus instintos para se alimentarem e se defenderem. A dieta de um tubarão consiste principalmente peixes, tartarugas marinhas, baleias, leões-marinhos e focas e outros animais marinhos com grande teor de gordura.
    Os tubarões pertencem a classe dos Condrictes e à superordem dos Selachimorpha e são assim clasificados por apresentarem um esqueleto cartilaginoso,  que faz com que o corpo seja mais  é flexível tendo cerca de metade da densidade do osso, reduzindo o peso do esqueleto e poupando energia, e um corpo hidrodinâmico. 







Anatomia de um tubarão.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tubar%C3%A3o#Fisiologia

     Para a efetividade dos seus ataques os tubarões apresentam dentes não incorporados no maxilar e que são constantemente trocados ao longo da vida do animal e são distribuídos em diversas fileiras que crescem na parte interna da mandíbula e maxila. Para aumentar a eficácia da mordida, os dentes são serrilhados.

Serrilhas do dente de um tuburação.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tubar%C3%A3o#Fisiologia

    Além dos dentes especializados para caça, os tubarões podem sentir o cheiro de sangue a quilômetros de distância, e, provavelmente, ocorre devido a ao formato e fisiologia do nariz. Assim, conforme o tubarão nada, a água flui através de duas narinas frontais. A água entra pela passagem nasal e passa por dobras de pele cobertas por células sensoriais. As narinas são dois orifícios localizados na região cefálica, que terminam em fundos cegos. Não se comunicam com a faringe, como ocorre na maioria dos peixes ósseos, assim, as narinas têm apenas a função olfativa: um dos sentidos muito desenvolvidos nos tubarões. O odor é percebido por quimiorrecepção: um dos mecanismos sensoriais utilizados para a percepção de presas a grandes distâncias
     As narinas são ricas em terminações nervosas do nervo olfativo. Os dendritos das células olfativas possuem prolongamentos sensíveis. Assim, quando alguma partícula olfativa entra pelas narinas do tubarão, entra em contato com esses prolongamentos sensíveis geram impulsos nervosos, que são conduzidos até o corpo celular das células olfativas, onde atingem os axônios, que se comunicam com o bulbo olfativo. O estímulo é estão levado ao  Sistema Nervoso Central (SNC), onde o processo de sinalização é interpretado e decodificado.

Narinas de um tubarão.
fonte: http://ibimm.dominiotemporario.com/page_43.html 



     Além do olfato aguçado, os tubarões tem uma visão consideravelmente boa. Alguns pesquisadores acreditam que a lente dos tubarões está suspensa por um ligamento dorsal, estando adaptada à visão a distância; para a uma visão mais próxima ela é movida para frente pela tração de um pequeno músculo protrator, fixo à lente. Seus olhos por ficarem nas laterais da cabeça podem ampliar seu campo de visão para quase 360°. Entretanto, por estarem separados, os tubarões não tem noção de profundidade, possuindo uma visão mais plana.
     Os olhos possuem uma camada refletiva, a qual permite um aproveitamento superior da luminosidade em locais com pouca luz, como as águas turvas ou profundas e à noite. A essa estrutura da-se o nome de tapetum lucidum. O tapetum lucidum é uma agrupamento de células que contêm cristais de guanina e estes cristais agem como espelhos refletindo a luz de volta para a retina, aumentando as chances de uma maior absorção luminosa.
     


Tipos de olhos no tubarão
Fonte: http://ibimm.dominiotemporario.com/page_43.html

    Apresentam também uma grande sensibilidade às vibrações devido ao ouvido interno, responsável pelo equilíbrio e detecção das vibrações de baixa frequênciaPossui três canais semicirculares e detecta vibrações a longas distâncias, podendo o tubarão se aperceber do som de um peixe a debater-se a uma distância de 250 a 600 m.


Um dos três canais semicirculares do ouvido interno.
Fonte: http://ibimm.dominiotemporario.com/page_43.html

A linha lateral com poros e células eletrorreceptoras também é capaz de captar vibrações, correntes, alterações de temperatura e pressão da água. Sendo capaz até de localizar obstáculos e alimentos em água turvas. As células eletroreceptoras podem captar correntes elétricas produzidas por tecidos ativos de presas próximos. 
     Próximo aos poros há os neuromastos, células eletroreceptoras ciliadas que estão ligadas ao neurônio. Quando recebem um impulso elétrico, essas células se despolarizam levando a mensagem para o encéfalo.

 


Esquema da linha lateral
Fonte: http://salabioquimica.blogspot.com.br/2011/09/desenvolvimento-do-tubarao-e-orgaos.html

Ainda como um sexto sentido, esses animais apresentam milhares de detectores especializados em seu focinho chamados ampolas de Lorenzini e são formados por uma rede de canais com electro-receptores cobertos uma substância gelatinosa. Quando há um estímulo externo a célula sensorial reage a partir de  um pequeno potencial elétrico em sua membrana, levando os canais a permitir a entrada de íons de cálcio de carga positiva. O afluxo de carga positiva faz com que a célula libere neurotransmissores nas sinapses, ou pontos de contato, dos nervos para o cérebro, estimulando sua ativação. A taxa de estímulos indica a força e a polaridade do campo externo, enquanto sua localização relativa ao tubarão é supostamente determinada pela posição dos poros ativados em seu corpo. As células retornam ao seu estado original após a abertura de um segundo tipo de canal de membrana, que permite que a saída dos íons de potássio de carga positiva.
                                                                Ampola de Lorenzini.




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