Nos insetos, os receptores
olfativos situam-se nas antenas, que possuem poros cuticulares minúsculos
(sensilas), através dos quais as ramificações dendríticas da célula sensorial
são postas em contato com o ar. Além das antenas, a recepção olfativa também
pode ser realizada através das sensilas presentes nos palpos maxilares ou
labiais.
Esquema do palpo e das antenas de insetos.Fonte: http://recursostic.educacion.es/ciencias/biosfera/web/alumno/2ESO/Reprodycoordinacion/contenidos11.htm |
As sensilas estão associadas
com a resposta dos neurônios as diferentes classes de compostos químicos. São bem diversificadas e, cada sensila olfativa apresenta uma cavidade distal onde se
encontram os dendritos dos neurônios sensoriais olfativos que são banhados
diretamente por receptores de moléculas de odor, através de um líquido chamado
linfa sensilar. Após a dissolução na linfa,as moléculas de odor são
apresentadas à membrana dos neurônios sensoriais olfativos.
Sensilas na antena.
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Cada neurônio converge em estruturas específicas
chamadas de glomérulos e supostamente cada um deles responde a um composto
químico ou a um grupo de compostos diferentes. Dois processos estão envolvidos
na produção da resposta neuronal, o primeiro é o evento perireceptor (que
ocorre ao redor do neurônio sensorial): a captura e transporte de moléculas de
odor para a membrana do dendrito; o segundo é a transdução: a conversão da
energia química em energia elétrica a partir do contato das moléculas
odoríferas com a membrana do dendrito.
A perirecepção se inicia com a captura por
combinação ou dissolução das moléculas de odor na gordura que forma a cutícula
que recobre a sensila; posteriormente, há o transporte desse composto odorífero
próximo à membrana do dendrito, nesta etapa combina-se com proteínas
específicas; depois há a fixação do composto odorífero a um receptor localizado
na membrana do dendrito do neurônio sensorial, iniciando o processo de
transdução, ou conversão da energia química em energia elétrica. Os receptores
são bastante específicos a cada tipo de molécula de odor, e esta especificidade
depende da capacidade discriminatória do inseto aos diferentes odores. A
captura da molécula pelo receptor causa a despolarização da membrana,
originando um potencial receptor. Uma vez completado o estímulo, o composto
odorífero é hidrolisado por uma enzima.
Fonte:
GULLAN, J.P.; CRANSTON, S.P. Os insetos: um resumo de entomologia, 3ed. São Paulo: Roca, 2008, 85p.
http://recursostic.educacion.es/ciencias/biosfera/web/alumno/2ESO/Reprodycoordinacion/contenidos11.htm
Esquema funcional do cérebro de insetos.
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LORENZO, Marcelo Gustavo; MELO, Ana Claudia do
Amaral. Tópicos Avançados em Entomologia Molecular, Instituto Nacional de
Ciência e Tecnologia em Entomologia Molecular; Olfação e comportamento,cap.
9, 2012.
Disponível em: www.inctem.bioqmed.ufrj.br
GULLAN, J.P.; CRANSTON, S.P. Os insetos: um resumo de entomologia, 3ed. São Paulo: Roca, 2008, 85p.
WILLIAM E. Anatomia Fisiologia Insectos.Sensorios.
Versión01.T17. Disponível em: http://www.lamolina.edu.pe/profesores/wdale/anat_fisiol_insect/ANATOMIA%20FISIOLOGIA%20INSECTOS.%20SENSORIOS.%20VERSI%C3%93N%2001.T17.%20WILLIAM%20E.pdf
http://recursostic.educacion.es/ciencias/biosfera/web/alumno/2ESO/Reprodycoordinacion/contenidos11.htm
Acessado em 14 de dezembro de 2013
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