quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Olfação dos insetos.

Nos insetos, os receptores olfativos situam-se nas antenas, que possuem poros cuticulares minúsculos (sensilas), através dos quais as ramificações dendríticas da célula sensorial são postas em contato com o ar. Além das antenas, a recepção olfativa também pode ser realizada através das sensilas presentes nos palpos maxilares ou labiais.

Esquema do palpo e das antenas de insetos.Fonte: http://recursostic.educacion.es/ciencias/biosfera/web/alumno/2ESO/

Reprodycoordinacion/contenidos11.htm


As sensilas estão associadas com a resposta dos neurônios as diferentes classes de compostos químicos. São bem diversificadas e, cada sensila olfativa apresenta uma cavidade distal onde se encontram os dendritos dos neurônios sensoriais olfativos que são banhados diretamente por receptores de moléculas de odor, através de um líquido chamado linfa sensilar. Após a dissolução na linfa,as moléculas de odor são apresentadas à membrana dos neurônios sensoriais olfativos.

Sensilas na antena.
Fonte:  http://www.fiocruz.br/chagas/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=87

Cada neurônio converge em estruturas específicas chamadas de glomérulos e supostamente cada um deles responde a um composto químico ou a um grupo de compostos diferentes. Dois processos estão envolvidos na produção da resposta neuronal, o primeiro é o evento perireceptor (que ocorre ao redor do neurônio sensorial): a captura e transporte de moléculas de odor para a membrana do dendrito; o segundo é a transdução: a conversão da energia química em energia elétrica a partir do contato das moléculas odoríferas com a membrana do dendrito.
A perirecepção se inicia com a captura por combinação ou dissolução das moléculas de odor na gordura que forma a cutícula que recobre a sensila; posteriormente, há o transporte desse composto odorífero próximo à membrana do dendrito, nesta etapa combina-se com proteínas específicas; depois há a fixação do composto odorífero a um receptor localizado na membrana do dendrito do neurônio sensorial, iniciando o processo de transdução, ou conversão da energia química em energia elétrica. Os receptores são bastante específicos a cada tipo de molécula de odor, e esta especificidade depende da capacidade discriminatória do inseto aos diferentes odores. A captura da molécula pelo receptor causa a despolarização da membrana, originando um potencial receptor. Uma vez completado o estímulo, o composto odorífero é hidrolisado por uma enzima.


Esquema funcional do cérebro de insetos.
Fonte: http://ocerebrodamosca.wordpress.com/2013/01/05/corpos-de-cogumelo-aprendizagem-e-memoria-em-insetos/

Fonte:
LORENZO, Marcelo Gustavo; MELO, Ana Claudia do Amaral. Tópicos Avançados em Entomologia Molecular, Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Entomologia Molecular; Olfação e comportamento,cap. 9, 2012. 
Disponível em: www.inctem.bioqmed.ufrj.br

GULLAN, J.P.; CRANSTON, S.P. Os insetos: um resumo de entomologia, 3ed. São Paulo: Roca, 2008, 85p.

WILLIAM E. Anatomia Fisiologia Insectos.Sensorios. Versión01.T17. Disponível em: http://www.lamolina.edu.pe/profesores/wdale/anat_fisiol_insect/ANATOMIA%20FISIOLOGIA%20INSECTOS.%20SENSORIOS.%20VERSI%C3%93N%2001.T17.%20WILLIAM%20E.pdf


Acessado em 14 de dezembro de 2013

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